A internet se tornou um marcante ícone da cultura do séc. XXI, mudou o comportamento social, ampliou as fronteiras da comunicação, acelerou a difusão da informação e com isso a ciência também mudou.
Nas ciências da saúde, isso já é notório. O paciente não mais enxerga o médico ou o dentista como aquele que usa um jargão tão difícil de compreender que é melhor acreditar sem contestar… Ele, pergunta, questiona e se informa com o Dr. Google, interage e troca experiências com outros pacientes em comunidades pela web e faz com que o profissional de saúde precise estar atento, cada vez mais, aos avanços de sua própria área.
Se por um lado, o paciente dispõe de cada vez mais de informação que nem sempre tem dicernimento para selecionar, talvez por não ter tido a formação na área do conhecimento em questão, por outro, cabe ao profissional de saúde orientar o caminho a ser trilhado, pois essa é uma questão de obrigação social e bem estar coletivo.
Além disso, essa tecnologia que aproxima cérebros, conecta idéias e produz conhecimento gera também mudanças de paradigmas em rítmo acelerado. Na área das patologias da ATM, por mês, são publicados dezenas novos artigos por pesquisadores de toda parte do mundo, antigos conceitos são derrubados, novos são criados e rapidamente reformulados à medida que se enxergam novas coisas por novos prismas.
Por este motivo, convidarei alguns profissionais para colaborar com este blog, a respeito do tema em questão: ciência, tecnologia e informação.
O meu primeiro convidado será um velho amigo, que tive o prazer de rever e conversar no CIOBA (Congresso Internacional de Odontologia da Bahia), o professor e mestrando em filosofia, Felipe Rocha, que também é analista de sistema e ministra cursos na área da saúde ligados à tecnologia. O prof. Felipe Rocha, há algum tempo estuda a aplicação da tecnologia em diversas áreas da saúde, o que inclui, obviamente, a odontologia.
Assim, convido os leitores deste blog, a um passeio nas idéias que forem apresentadas para que possam servir de reflexão e inspiração para novos questionamentos.
[…] Por Felipe Rocha, professor convidado Web 2.0 e a saúde 2.0 […]