Canso de escutar de colegas dizerem que a “DTM” é uma condição autolimitante, que tem a tendência de desaparecer sozinha com o tempo, mas será isso verdade? E se fosse (porque simplesmente não é mesmo) já pensou na implicação clínica para a Dona Dolores?
Dona Dolores, de 76 anos, sentia dores relacionadas à ATM há mais de 10 anos. Como você pode ver no depoimento dela, haviam períodos de remissão temporária mas a dor sempre voltava de maneira intensa e, no conjunto, a dor piorou ao longo dos anos. Agora, imagine o profissional dizer para a Dª. Dolores: ” Olha , a DTM é uma condição benigna, autolimitante e que irá desaparecer sozinha. Tome esses remedinhos aqui, aplique gelo e espere mais uns dez anos que vai passar…”
A verdade é que alguns sintomas podem regredir realmente ao longo do tempo, mas outros se agravam e o processo patológico em si, a ARTROPATIA TEMPOROMANDIBULAR, costuma ser progressivo, às vezes, para sorte de alguns, com períodos de estagnação, mas que sempre tem a tendência de piorar.
Dona Dolores teve um tratamento baseado no diagnóstico diferencial de modo a restabelecer a neurofisiologia e capacidade mastigatória. Conheça a história dela:
Poderia indicar trabalho científico sobre artrite reumatoide e suas sequelas em ATM?
Veja o link: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/?term=rheumatoid+arthritis+tmj&sort=pubdate