Elane, uma jovem que aos 31 anos apresentava um quadro de dor de cabeça intensa, com crises de intensidade “10” (numa escala onde o zero é a ausência de dor e dez é a dor máxima), com dores de intensidade “5” quase diárias, com rigidez e “tensão no maxilar” e uma dor em região da ATM que irradiava para os músculos da mastigação, pescoço e ombros. Além de apresentar uma limitação da abertura de boca.

Para amenizar as dores,  fazia uso de muito relaxante muscular, mas que só controlava até um determinado ponto, após o qual só mesmo indo para a emergência hospitalar… Fez tratamento com placa “miorrelaxante” e fisioterapia com alívio apenas temporário (menos de três meses).

A imagem abaixo mostra o porquê do quadro de dor refratário às abordagens realizadas:

Os músculos masséteres que teoricamente deveriam ser dos mais potentes do corpo humano, estavam com menos da metade da capacidade dos temporais!!!  Como isso ocorre um desequilíbrio metabólico muscular (por razões que explicarei em outro momento), que produz a sensação de que estão tensos, levando à conclusão equivocada de que estão hiperativos e que por isso precisam “relaxar” , daí o uso de placas “miorrelaxantes” (mio, do grego, significa músculo) e de medicamentos como o cloridrato de ciclobenzaprina…  No entanto, o que realmente acontece é que estes músculos estão neurologicamente INIBIDOS em função da presença de danos DENTRO da ATM… Ou seja, o que precisa é que os danos sejam controlados ou aliviados para que os músculos masséteres e temporais voltem a ser recrutados corretamente!!!

Agora, veja o que acontece quando os danos articulares são controlados, diminuindo a irritação no sistema nervoso central e permitindo a recuperação do funcionamento muscular:

Vejam que no momento que a Elane aperta os dentes, os masséteres e temporais podem ser recrutados eficientemente!!! Isso acontece porque agora ela pode fazer força sem sentir nenhuma dor na ATM!!!

Obviamente que o tratamento envolveu muitas outras coisas que não citei aqui na postagem… Farei uma segunda  com algumas curiosidades do diagnóstico.

Veja o depoimento dela e o quanto esse “pequeno” detalhe mudou a qualidade de vida dela!