Há poucos dias um paciente me perguntou o porquê de sentirmos DOR e eu apresentei-lhe esse texto que transcrevo abaixo, pois expressa alguns conceitos bem atuais e de uma maneira fácil de entender. Boa leitura!
____________________
Ninguém gosta de sentir dor e é natural que tentemos evitá-la. Mas a velha vilã tem o seu lado positivo: ela é um alarme que nos adverte sobre ameaças a nossa integridade. Suprimí-la indiscriminadamente com analgésicos, pode fazer mais mal do que bem. Na ânsia de se livrar a qualquer custo da sensação dolorosa, mediante o uso de analgésicos, relaxantes musculares, anti-inflamatórios e outros medicamentos, as pessoas podem estar se privando de seu sinalizador mais perfeito. Um alarme precioso que a natureza instalou no organismo para soar a cada ameaça de dano ou desequilíbrio. “A dor é biologicamente necessária”, ela nos protege advertindo-nos quando ultrapassamos nossos limites e corremos riscos de prejuízos. A dor é um alerta que algo está errado e precisa ser corrigido, afirma o médico Alexandros Botsaris, acumpunturista e consultor da Natura de Inovação e Tecnologia. A quem diga que a própria manifestação da vida não seria possível sem a dor. Em suas múltiplas facetas, ela seria um dos pilares de auto-preservação dos seres vivos, compondo com o prazer os extremos de um movimento pendular que afasta o homem de tudo que tende a destruí-lo e o aproxima de tudo que lhe proporciona bem-estar e crescimento (a dor e o prazer estão atados pelos pés). O equilíbrio, seria rompido quando, no esforço de banir qualquer dor bombardeamos os mecanismos de sensibilidade com drogas de efeito cada vez mais potente e duradouro. Esta atitude pode trazer mais prejuízos do que a convivência com a dor por algum tempo, enquanto ela é atacada na raiz. É que as drogas são eficazes na supressão da dor, mas deixam intactas suas causas que continuarão a produzir novas conseqüências e outras dores, passado o efeito sedativo. “Dor é o que o paciente diz sentir”, afirma o anestesiologista Onofre Alves Neto, PhD em Medicina e Diretor científico da Sociedade Brasileira Para o Estudo da Dor (2003). “É uma experiência única com uma importante dimensão psicológica, detalhe que impede que seja medida de maneira objetiva”. Seu tratamento convencional, segundo Onofre segue uma escala recomendada pela OMS (Organização Mundial de Saúde). Começa com analgésicos simples (anti-inflamatórios não hormonais tipo aspirina) e vai subindo de complexidade e poder de fogo sob tecidos e células do sistema nervoso a medida que a sensação desagradável resiste. Se a aspirina não resolve, passa-se então para os chamados opióides, substâncias sintéticas ou não de ação semelhante ao ópio. Nesta fase entram em cena os remédios à base de Codeína e Tramadol (opióides fracos), e se necessário opióides potentes cujo agente emblemático é a Morfina. Em casos de dores crônicas são usados anti-depressivos e anti-convulsivantes, drogas destinadas originalmente ao tratamento de Depressão e Epilepsia. Quando nada dá certo o médico pode recomendar algo mais radical: cirurgias em que as vias que transmitem a informação da dor ao cérebro são cortadas. Esse conjunto de recursos provavelmente é suficiente para sufocar os tipos mais comuns de dor e aliviar aqueles relacionados a quadros graves como o câncer e fibromialgia (moléstia que causa dor em todo o corpo). O abuso de analgésicos está levando a algumas conseqüências, por exemplo cefaléia crônica diária: uma dor de cabeça capaz de infernizar. Com o uso contínuo de químicos o cérebro passa a não produzir endorfinas, um analgésico natural, transformando a dor de cabeça numa manifestação recorrente e intensa. A dor também exibe dimensão emocional, o elemento principal do sofrimento que não raro funciona como um círculo de causa e efeito. No homem comum, o medo de conviver com a dor já pode ser um fator decisivo na sua percepção dolorosa.
Fonte:
Autores : Alexandra Fernandes; Jomar Moraes
Publicado em: novembro 04, 2007
Sempre sentir estalos na mandibúla e dificuldades de mastigar coisas duras, a uns sete meses comecei sentir dor no ouvido e muitas dores de cabeça, nós olhos e face.E estas dores descer para o ombro e braço. Procurei um otorrino ele não diagnosticou nada no ouvido ou garganta, pediu que eu procura-se um dentista. Fui e eles examinaram não encontrando nada que podesse relacionar com a dor que estavá sentindo(Não é especialista em DMT). Tomei um antiiflamatório que o otorrino passou e a dor amenizou. Três meses depois a dor voltou e mais forte com dor na cervical chegando a nuca,fui em outros ortopedistas fiz RX, tomografia e ressonância da cervical(Tomei 04 tipos de antiiflamatórios diferentes,o resultado dos exames segundos os ortopedistas não tinha nada que comprove a dor que eu estou sentindo. Passou 10sessões de fisioterapia da cervical, já terminei e nada agora estou fazendo shiatsu. Diante deste relato pode ser problema de DTM?
Att,
Cláudia
eu nao sinto tanta dor mas sinto uma pressão na cabeça, e como se tivesse inchada quase em toda a cabeça, mais em cima, mas atras da cabeça tambem, o que será ?
Janete, são tantas possibilidades que é difícil sugerir algo… Você já passou por um dentista especialista em DTM e dor orofacial?
Att.,
Marcelo Matos
Olá Dr Marcelo, meu nome e Patricia e sou dentista também, mas nao especialista em ATM. Moro na china e meu marido tem tido freqüentes dores na ATM e as vezes tem a sensação de que a bica nao quer abrir. Levei ele ao meu consultório e fiz uma panorâmica e facial , e notei que ele esta com os dois 3 molares superiores inclusos. Como nao sei se isso pode ter alguma coisa com as dores q tem sentido, tentei pesquisar na internet. Você poderia por favor me dar uma ajuda no que posso fazer aqui pra tentar aliviar o quadro do meu marido? Porque aqui nao tem especialista em ATM e estou bem perdida em comi proceder. Agradeço muito se puder me ajudar, fico no seu aguardo. Muito obrigado , Patricia
que dizer doutor Marcelo Matos. que o senhor fala que é prefirivel ficar com a dor do que usar remédio. qual a opcões natural que vc pode indicar, par aliviar essa dor.
Sinto dores de cabeça,dores de dente, no fundo do olho e na face toda, fiz uma tomografia e foi diagnósticado distúrbios da ATM, ocôndilo direito criou uma ponta e o esquerdo desgastou.Já teve algum caso parecido? o neurologista mim deu diagnóstico de cefaléia tensional, sou professora e não tenho como evitar o estresse do dia a dia. Mas há dias que não consigo nem falar o enjoo e as dores de dente, são intensas(o dente não tem nada e lateja dias sem parar)só o tratamento simples vai resolver ou terei que fazer cirurgia para remover estea ponta que se formou no condilo? Por favor mim responda.
Eliane Andrade
Essa “ponta” que foi encontrada no seu côndilo (suponho que você se refira a um osteófito) e o “desgaste” são extremamente comuns no meu dia a dia. Tenho muitos casos assim e nunca precisei indicar cirurgia para isso. Aliás, é mais fácil ficar com algum problema decorrente da cirurgia que ter o caso resolvido dessa forma. Sugiro que leia os tópicos abaixo para você ter uma idéia do que estou afirmando:
Jornada da Abby
Relato da Marilac
Assim, sugiro que procure um dentista que tenha experiência em patologia da ATM.
Atenciosamente,
Marcelo Matos