Por Felipe Rocha, professor convidado
Em minha primeira postagem neste blog, gostaria de falar de um assunto muito interessante: A evolução da internet, a Web 2.0 e a Saúde 2.0.
A internet tem em torno de 15 anos de idade, como uma rede de acesso aberta a qualquer pessoa. E nesses 15 anos, várias mudanças ocorreram e cada vez mais ocorrem, só que agora, refletindo diretamente na sociedade.
O termo Web 2.0 surgiu em 2004, criado por Tim O’Reilly, ao notar que a Web havia mudado, conceitualmente, deixando de ser apenas uma rede de máquinas interligadas que repetiam modelos do mundo real para o mundo virtual. A definição técnica do termo pode ser encontrada no link acima citado, mas eu gostaria de falar sobre o conceito não técnico de Web 2.0.
A Web 2.0 é uma rede que não mais interliga máquinas, mas interliga pessoas. A internet hoje é uma rede de pessoas, de idéias, de colaboração de inteligência coletiva. Hoje, qualquer pessoa sem o mínimo de conhecimento técnico pode colocar vídeos, criar blogs, concorrer com grandes jornais tradicionais, informar e fazer parte da evolução do conhecimento humano. Por isso, a principal marca da Web 2.0 é a interatividade e a descentralização da informação. Não precisamos mais ficar presos a mídias controladoras que nos dizem o que pensar, o que gostar e como raciocinar.
Sendo assim, temos um conhecimento democratizado, e com isso, temos acesso a bons conhecimentos, temos transparência, temos verdade, temos liberdade. Não é a toa que muitos lutam contra essa evolução da Web 2.0, como alguns senadores brasileiros que querem criar leis de controle e como outros pequenos grupos ditatoriais que querem impedir que o público tenha acesso ao conhecimento que exige transparência, ética e verdade.
Mas o que a saúde tem a ver com a Web 2.0?
O fato é que com a Web 2.0, muitos conceitos precisaram ser reformulados e outros ainda precisam ser repensados. Alguns novos termos surgiram, como Jornalismo 2.0, Marketing 2.0, SAC 2.0, Educação 2.0 e Saúde 2.0.
Quero falar especificamente da Saúde 2.0 em uma próxima postagem. Mas enquanto isso, sugiro a seguinte reflexão: seu médico é um médico 2.0?
Quero finalizar esta com um vídeo excelente que uso em sala de aula para explicar o que é a Web 2.0…. E a Web somos nós!
[…] Web 2.0 e Saúde 2.0: Como entender o mundo em que vivemos hoje? – Parte I […]
Gostei muito desse tema…
beijos
Telma
A web fornece informação que podem servir a inúmeros propósitos para o psiquiatra e o profissional de saúde mental na prática clínica.
Em primeiro lugar informações para uso no trabalho clínico e educação continuada estão disponíveis. Isto inclui imediato acesso a informações sobre drogas, efeitos colaterais, terapias, a artigos em revistas, livros, publicações em jornais e sites de profissionais. Estão disponíveis informações sobre manuais de prática clínica e a efetividade de intervenções de fontes como a de Cochrane*. A internet também pode ser usada para conferencias virtuais.
Em segundo lugar informações que possam ser usados para facilitar o manejo e orientação dos pacientes também estão disponíveis.
Clínicos podem desenvolver um portfolio de sites úteis para fornecer informações que eles consideram de valor para seus pacientes.
Eles podem, p.e, indicar sites sobre depressão a pacientes e seus familiares. Clínicos com seus próprios sites podem enviar informações especificas para seus pacientes e familiares sobre doses, efeitos colaterais, referencias mais detalhadas, consultas subseqüentes e outros tópicos relevantes para o manejo e recuperação do paciente.